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Atualizado: 16 de jun. de 2020

São tão interessantes estas fotos.


Muitas das minhas posições sobre as notícias levam muitas vezes os que me ouvem a perguntar: "mas tu achas que é mentira? tu não vistes as imagens? Até vi as imagens no sitio X, fidedigno.


Outros aproveitam para pegar na imagem e dizer: eu bem disse, ou ainda declamar um role de nomes giros; são uns imbecis, uns burros,... Pois bem, sim eu vi. Só que tenho bem presente que Vemos a realidade que nos querem mostrar E regra geral a realidade que nos querem mostrar é aquela que fizer mais sangue, que espalhar mais pânico, que traga mais critica associada, que seja mais maldizente. Também é esta que as generalidade das pessoas mais quer ouvir, senão não daria audiências. É engraçado perceber que sempre que escrevemos ou partilhamos noticias positivas, a interação é muito menor. Talvez faça sentido ter bem presente que aquilo que vemos é só uma das perspectivas!

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Foto do escritorlurdes antunes

Atualizado: 16 de jun. de 2020

A NP EN ISO 9001 trouxe na sua versão de 2015 algumas cláusulas novas, ou pelo menos com texto totalmente novo. Entre elas encontra-se a 4.1 - Compreender a organização e o seu contexto e 6.1 - Ações para tratar riscos e oportunidades.


Estão em secções diferentes desta Norma, tem finalidades diferentes, são coisas diferentes, se assim não fosse não existiam duas cláusulas.


Em sede de auditoria e também em sede de troca de experiências tenho observado que algumas organizações não fazem nenhuma diferença entre estas duas coisas tratando-as como sendo a mesma.


Vou tentar falar de forma simples de uma e de outra.


Em 4.1 é-nos pedido que façamos a determinação das questões internas e externas (positivas e negativas). O Objetivo é analisar onde está a organização, o que existe (ou se perspectiva que venha a existir) ao redor da organização que pode prejudicar ou beneficiar a organização, por exemplo, afetando a sua capacidade de produzir produtos e serviços conformes, a sua capacidade de cumprir objetivos definidos ou outras capacidades relevantes para o Sistema de Gestão da Qualidade


Está também dentro do ojetivo a analise interna, de forma a identificar o que existe na organização que esta possa aproveitar a seu favor e o que existe na organização que a possa prejudicar. 


É como que tirar "fotografias", bem nítidas, que mostrem o interior e o exterior da Organização.


Com esta foto ficamos a saber quais as forças e fraquezas que tem a nossa organização, quais as oportunidades e as ameaças que existem no exterior da organização. A partir dessa informação temos outras condições para planear o futuro da organização. Talvez por isso o cumprimento desta cláusula seja da máxima importância e deva ser da responsabilidade da Gestão de topo.

Vou exemplificar com uma imagem/empresa fictícia. Obviamente este exemplo, como exemplo que é, é só para uma ou duas questões. 


Vamos partir do princípio que na imagem a organização que vamos analisar é aquela que tem um "A" e que as organizações ao lado oferecem o mesmo tipo de produtos e serviços.

Para determinar as questões externas observamos a "fotografia". Neste caso, a título de exemplo podemos determinar as seguintes questões:

- concorrência

- boas acessibilidades 

- um único cliente (o que está na imagem à direita)

- muita vegetação

- clima quente

- ...

e poderíamos continuar com base naquilo que conseguimos observar/percepcionar no momento em que determinamos as questões.


Para determinar as questões internas o exercício é o mesmo só que para o interior da organização. Tendo em conta que desenho muito bem :) não vou desenhar para a parte interna... mas poderei por exemplo observar na "foto" que a maquinaria está muito desactualizada e/ou que os colaboradores são altamente qualificados.


Depois de determinadas as questões é importante que se vá monitorizando a sua a sua evolução, pois aquilo que é uma questão no momento "A" pode já não ser no momento "B".


Outra coisa relacionada com esta mas que não é a mesma, é a determinação dos riscos e oportunidades que a NP EN ISO 9001 refere em 6.1.


Então, os riscos e as oportunidades é tudo aquilo que  pode acontecer porque certos elementos(questões) estão na fotografia.


Por exemplo, uma das questões existente na fotografia é concorrência. Na sequência dessa concorrência surgem vários riscos para a organização como por exemplo;

- perder clientes

- baixar margem

- perder colaboradores,

- ...


Ou questão é muita vegetação. Na sequência dessa questão (muita vegetação) surgem riscos e oportunidades para a organização como por exemplo;

- incêndio 

- alergias (dependendo do tipo de vegetação)

mas também a oportunidade de explorar alguma atividade na área do lazer.


É a própria NP EN ISO 9001 que deixa claro que " a organização deve considerar as questões referidas em 4.1 e os requisitos mencionados em 4.2 e determinar os riscos e as oportunidades que devem ser tratados..."

Duas coisas diferentes. Também gostaria de realçar; "determinar os riscos e as oportunidades que devem ser tratados."  De alguma forma, a decidir por si, a organização precisa definir quais os riscos e oportunidades a serem tratados. Mais à frente  refere que para os mesmos "a organização deve planear: a) ações para tratar riscos e oportunidades ... " Enquanto as questões são atividades ao nível da Gestão de topo, já é mais comum que os riscos sejam determinados e tratados a níveis mais operacionais. Este pode ser um trabalho de grande dimensão mas na minha opinião um trabalho muito importante, pois o resultado permite que a Organização planeie  o seu SGQ de forma mais realista a todos os níveis. A boa notícia é que este trabalho tem uma maior dimensão quando se faz a primeira vez mas depois disso é monitorizar, tomando ações quando necessário. Claro que se levanta a questão se é ou não cm informação documentada mas sobre isso já falei.  Não, não é o obrigatório. Posso até admitir que existam situações em o "Pensamento Baseado em Risco" pode ser possível de evidenciar sem informação documentada. Mas sinceramente penso que não serão muitas.

Digo eu, que tenho a mania de dizer coisas!


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Foto do escritorlurdes antunes

Atualizado: 16 de jun. de 2020

Papalagui é um dos meus livros preferidos. Retrata a forma como os indígenas da tribo Tuiavii de Tiavéa vêem os chamados "povos evoluídos". 


Neste livro, o branco, o senhor desses povos evoluídos é baptizado de Papalagui.


Gosto de quase todo o livro mas gosto particularmente do capítulo sobre o tempo. Vou só deixar alguns excertos.


"O Papalagui adora o metal redondo e o papel forte, gosta de encher a barriga com uma série de líquidos provenientes de frutos mortos e com carne de porco, boi e outros horríveis animais mas acima de tudo gosta de uma coisa que se não pode agarrar e que no entanto existe: o tempo. Leva-o muito a sério e conta toda a espécie de tolices acerca dele. Embora não possa haver mais tempo do que o que medeia do nascer ao por do sol isso para o Papalagui nunca é o bastante.

...

Que pesado fardo! mais uma hora que se passou!" e ao dizê-lo, mostra geralmente um ar triste, como alguém condenado a uma grande tragédia. No entanto, logo a seguir principia uma nova hora!

... , 

Oh! meus queridos irmãos! nós nunca nos queixámos do tempo., amámo-lo e acolhemo-lo tal como ele era, nunca corremos atrás dele, nunca tentamos amalgamá-lo ou cortá-lo em pedaços...

"

 O Papalagui, Edições Antígona, 1999



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